Instalados

Finalmente, dois minutos de descanso para escrever apenas que podemos considerar-nos instalados em Londres. A casa está limpa, mobilada e relativamente arrumada. A B. já tem o seu quarto, onde dorme há uma semana sem crises. Na próxima semana começa a habituação com a nanny que contratámos hoje. A P. deve começar a trabalhar também na próxima semana e eu estou pronto para me lançar igualmente, embora ainda sem nada concreto. Estamos confiantes e até já vimos sol por aqui!
Vou tentar pôr a conversa em dia, mas a ligação internet ainda é precária, "emprestada" de uma rede wifi de uma vizinha incauta. Stay tuned. 

Lista Negra

Como estava tudo a correr tão bem, resolvemos dar um pouco de emoção à nossa aventura inglesa: passámos um cheque antes de termos o dinheiro na conta. Como pessoas responsáveis que somos, fomos à agência do banco para anular o cheque mas, em vez de nos darem uma lição de moral e anularem o pagamento, aconselharam-nos a esperar. Mais: tentaram vender um cartão de crédito e um seguro de habitação a uma cliente de há apenas uma semana e o saldo a zerozerozero! Resultado:  estamos pendurados na internet a ver se o dinheiro cai antes de o cheque ser descontado. No pior dos casos, entramos para o livro do Guinness com o recorde do mais rápido cheque careca no Reino Unido. 

Tuguices

Temos levado um banho de portugalidade desde que chegámos: cozido à portuguesa - feito muito bem por uma inglesa! -, arroz de polvo e hoje um lanche numa conhecida pastelaria com nome de capital em Portobello. Para a sobremesa do jantar temos pastéis de nata. Até nisto Londres tem sido diferente de Paris. 

Home, sweet home

O feeling que tínhamos para a casa concretizou-se: bastante central, bairro simpático - pelo menos mais do que os outros - boas áreas, janelas grandes, dois quartos e sala distribuídos por dois andares. Na segunda-feira acertam-se os detalhes. Estão quase a abrir as vagas para as visitas!

Dia três

Hoje vimos quatro casas, mas nenhuma ainda nos prendeu completamente o coração. Se a segunda que visitámos estivesse situada no bairro onde vimos as duas últimas - Finsbury Park -, acho que teríamos avançado. Apesar de estar muito bem situada geograficamente, a rua era pouco simpática. Quanto à primeira nem vale a pena falar. Amanhã continua a saga da busca de uma nova casa que substitua à altura o ninho da rua Buffon. Vou confessar: estamos com esperanças [aposto que as visitas vão disparar durante o dia à espera de uma sequela deste post]. 

So far so good

Finalmente disponho de uns minutos para arrancar com esta ideia de fazer um diário da nossa nova vida em Londres. A ideia é permitir que os nossos amigos possam acompanhar as nossas aventuras e ao mesmo tempo registar observações, ideias ou informações. À medida que tenha mais tempo, espero melhorar os conteúdos. Por enquanto vou ser simples.
A chegada foi perfeita. Depois de toda a logística que envolveu a partida - com amigos para o transporte até à estação, mais amigos na Gare du Nord para ajudar, outro em Waterloo para apoiar a transição de plataforma -, os nossos anfitriões receberam-nos tão bem que não sobram dúvidas sobre a sua hospitalidade. O 'bro', que veio de Portugal de propósito, foi uma peça essencial nesta mudança. Espero que não se aborreça.
Os objectivos do segundo dia foram cumpridos: abrimos uma conta no banco, ao fim de hora e meia de questionários. Na agência trabalhava uma portuguesa que, fazendo justiça ao voluntarismo luso, complicava cada vez que tentava ajudar.